Voltando depois de muuuuito tempo, pra atualizar o blog.
Dessa vez não tive dúvida sobre o que iria postar: As diferenças entre o radiodiagnóstico e radioterapia.
Uma coisa que me chamou muito a atenção, foi a forma como os profissionais da radioterapia se referem ao radiodiagnóstico. Pra entender melhor, vou exemplificar criando um diálogo:
(profissional 1) - Cara, radioterapia é pauleira, muito cansativo.
(profissional 2) - É verdade, é muito cansativo mesmo, mas eu amo.
(P1) - Eu também, não volto pra radiologia por nada.
(P2) - Eu tb não volto pra radiologia não.
Como assim? Todos somos profissionais da radiologia, porém, em áreas diferentes. Radioterapia é uma especialização da radiologia, ou seja, está incluída nela.
Achei isso muito interessante e engraçado, mas entendo que é apenas uma forma de se referir.
Realmente é impressionante a diferença que existe do radiodiagnóstico pra radioterapia. A principal delas, é que a Radioterapia NÃO ADMITE ERROS. Qualquer errinho, por menor que seja, além de não se conseguir o resultado desejado, pode trazer danos graves ao paciente. Já no radiodiagnóstico, o ideal é que não se tenha erro, porém, quando se erra, repete-se o exame. Na radioterapia não existe isso de repetir o tratamento, a dose já foi altíssima, não se pode voltar a expor o paciente.
Que fique bem claro que devemos respeitar sempre as radiações ionizantes, um erro no radiodiagnóstico pode trazer danos sim, mas no que diz respeito a probabilidades, é infinitamente menor o risco.
No radiodiagnóstico, trabalhamos na escala de quilovoltagem, já na radioterapia, trabalha-se na escala de ortovoltagem e megavoltagem. A proteção radiológica tem que ser total para o paciente e para o profissional, são radiações muito energéticas, capazes de causar danos graves. Também se trabalha com elementos radioativos, como o cobalto, diferente do radiodiagnóstico, que se trabalha somente com radiação x.
No radiodiagnóstico, existem as incidências e as rotinas para cada região. Ex.: tórax -> PA e Perfil, crânio -> Pa, Perfil e Bretton...e por ai vai. Na radioterapia existem CAMPOS, e não existe uma "rotina de campos", cada caso é um caso. O tipo de tumor e a localização, definem quantos campos serão usados no tratamento, e, de acordo com os campos e a forma como eles incidem no paciente, dá-se o nome da técnica de tratamento.
Técnicas simples:
- Campo direto
- Campos paralelos opostos
- Múltiplos campos
- Campos adjacentes
Técnicas isocêntricas
Técnicas especiais
- Radioterapia de intensidade modulada (IMRT)
- Radioterapia guiada por imagem (IGRT)
- Radioterapia estereotáxica fracionada
- Radiocirurgia
E tudo isso ai, ainda pode ser executado de duas maneiras: pela técnica de tratamento SSD e pela técnica SAD.
No que diz respeito aos acessórios então, ai a diferença se agiganta ainda mais:
- Suporte para cabeça e pescoço.
- Máscaras termoplásticas.
- Retrator de ombros.
- Breast board
- Belly board
- Bólus
- Travesseiro para decúbito ventral
- Imobilizador pélvico
- Imobilizador de corpo inteiro.
- Suporte para joelhos
- Berço para neuroeixo.
Até os diversos tipo de aparelhos fazem diferença. De acordo com o tratamento, se define o aparelho utilizado. Existe até um tomógrafo específico pra radioterapia.
Clinac 600, Clinac 2300, Th X, Th C e Trilogy, são alguns dos aparelhos usados, cada um com sua característica, mais indicada para um determinado tipo de tratamento. Além disso, existe também os simuladores e a oficina, que é o local onde se confecciona as máscaras e as proteções.
O negócio é tão diferente que, na radioterapia, só se usa chumbo como blindagem, quando se trata com um feixe de elétrons. Fora isso, usa-se cerrobend, que é uma liga metálica composta por bismuto (50%), chumbo (26,7%), estanho (13,3%) e cádmio (10%).
É muita diferença, muita coisa nova, muita coisa pra aprender. Sem dedicação, não vai ter como assimilar tudo.
Isso é o que eu sei de diferente, mas, com certeza, deve vir muito mais coisa por ai.
Pra fechar, mais uma mensagem que o INCA tenta passar.
MULTIPLIQUE SOLIDARIEDADE, COLABORE COM O INCAvoluntário.
A Área de Ações Voluntárias do INCA, o INCAvoluntário, tem como missão o apoio integrado as ações do INCA junto a comunidade na assistência e prevenção do câncer. Para tanto, desenvolve ações educacionais, recreativas, de integração social e lazer, visando o bem-estar dos pacientes do Instituto, de seus familiares e da comunidade em geral.
O INCAvoluntário possui em seu quadro, mais de 700 pessoas dispostas a ajudar. Você pode se tornar um voluntário do INCA ou ajudar muitas pessoas por meio de dações.
Mais informações:
Área de Ações Voluntárias do INCA
Rua Washington Luiz, 35, sala 317
20231-092 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.; (21) 3970-7800 r. 8023 ou
3970-7971 Tel/fax: (21) 3970-7962
http://www.inca.gov.br/
Grande abraço a todos!!!
Realmente será necessário muita dedicação e estudo.
ResponderExcluirTenho certeza da sua capacidade.
Vai firme!!!
e o osama?
ResponderExcluirDiferença entre rádio diagnóstico e rádio terapia
ResponderExcluir